BioCatch divulga relatório sobre o impacto da IA na fraude digital e no crime financeiro
24 de abril de 2024Pesquisa revela que, embora as instituições financeiras já estejam utilizando ferramentas de IA para se protegerem, os criminosos estão avançados em ataques ainda mais poderosos
Criminosos têm apresentado maior habilidade e velocidade na aplicação da inteligência artificial para cometer crimes financeiros do que os bancos na sua utilização para prevenir essas atividades ilícitas. É o que mostra a pesquisa IA, Fraude e Crime Financeiro em 2024 (2024 AI, Fraud, and Financial Crime Survey), realizada pela BioCatch, empresa global em detecção de fraudes digitais e prevenção de crimes financeiros impulsionada por inteligência biométrica comportamental.
O relatório aponta que 70% dos 600 profissionais entrevistados, especializados em gestão de fraudes, prevenção à lavagem de dinheiro, risco e conformidade, afirmam que os criminosos são mais habilidosos em usar inteligência artificial para cometer crimes financeiros do que os bancos em usar a tecnologia para detê-los. Além disso, cerca da metade dos respondentes relatam um aumento na atividade de crime financeiro no último ano, e/ou esperam ver a atividade de crime financeiro aumentar em 2024.
Publicado hoje, o relatório retrata uma tendência preocupante e crescente, em que criminosos que não têm, necessariamente, um grande conhecimento técnico ou expertise em crimes financeiros estão utilizando essa tecnologia para melhorar a qualidade, o alcance e o sucesso de golpes e fraudes bancárias digitais e esquemas de crimes semelhantes.
“A inteligência artificial pode potencializar todos os golpes existentes, já que é capaz de localizar a linguagem, gírias e substantivos próprios usados e ainda personalizar para cada vítima o tipo de golpe, imagens, áudio e/ou vídeo envolvidos”, explica Tom Peacock, Diretor de Inteligência Global de Fraudes da BioCatch. “Com a IA, estes criminosos são capazes de aplicar golpes sem fronteiras e exigir que as instituições financeiras adotem novas estratégias e tecnologias para proteger seus clientes.”
A pesquisa também revela outros dados alarmantes. 91% dos entrevistados relatam que sua organização está repensando o uso de verificação de voz para grandes clientes devido às habilidades de clonagem vocal da IA. Mais de 70% dos entrevistados dizem que sua empresa identificou o uso de identidades digitais falsas ao integrar novos clientes no ano passado.
A Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos, acredita que modelos de fraude tradicionais falham em sinalizar até 95% das identidades artificiais usadas para solicitar novas contas. A instituição considera a fraude de identidade digital como o tipo de crime financeiro de crescimento mais rápido nos EUA, custando bilhões de dólares às empresas todos os anos.
“Não podemos mais confiar em nossos olhos e ouvidos para verificar identidades digitais”, alerta Jonathan Daley, CMO da BioCatch. “A era da IA requer novos meios para autenticação. Nossos clientes provaram que os sinais de intenção comportamental são esses novos sentidos, permitindo que instituições financeiras detectem deepfakes e clonagem de voz em tempo real para manter suas finanças seguras”.
O Brasil inserido nesse contexto
O estudo foi realizado em 11 países da América do Norte, EMEA e Ásia-Pacífico. “Apesar de não termos um recorte específico do Brasil, os dados analisados refletem uma parte importante da nossa realidade, inclusive mostrando onde estamos mais avançados que outros países. Por exemplo, na questão da detecção de contas laranja, caminhamos lado a lado com as regiões pesquisadas. E, se pensarmos na resolução nº 6, no compartilhamento de informações entre as instituições financeiras com fins de evitar fraudes e golpes, já estamos mais avançados, já começamos esse caminho”, explica Cassiano Cavalcanti, Diretor de Pre-Sales Latam da BioCatch. Dados anteriores de um estudo da própria BioCatch, Tendências de Fraudes Bancárias Digitais na América Latina 2023, mostram que as contas laranja tiveram um aumento de 100% no ano passado, e os bancos têm unido esforços contra essa ameaça crescente.
“O Brasil, infelizmente, é um dos principais exportadores de fraudes e golpes na América Latina. Historicamente, golpes financeiros importantes são criados e desenvolvidos por criminosos brasileiros e depois são reproduzidos e adaptados pelos países vizinhos”, explica Cassiano Cavalcanti, Diretor de Pre-Sales Latam da BioCatch. Apesar disso, Cassiano acredita que, em termos de tecnologia para combater a fraude, ainda há muito para se fazer por aqui. “O Brasil está atualmente em um estágio de aprendizado no que diz respeito à aplicação efetiva da Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning na prevenção de fraudes. Embora tenhamos visto avanços significativos, a adoção ainda é predominantemente básica ou pontual em comparação com a sofisticação dos métodos empregados pelos fraudadores. Enquanto as organizações brasileiras estão começando a explorar o potencial dessas tecnologias, muitas ainda enfrentam desafios na implementação de sistemas abrangentes e integrados de detecção de fraudes baseados em IA.”.
Outros principais resultados da pesquisa
IA é uma ameaça cara: Mais da metade das organizações representadas na pesquisa dizem que perderam entre $5 e $25 milhões para ataques impulsionados por IA em 2023.
Instituições financeiras também estão usando IA: Quase 3/4 dos entrevistados dizem que seus empregadores usaram IA para detectar fraudes e/ou crimes financeiros, enquanto 87% dizem que a IA aumentou a velocidade com que sua organização responde às ameaças potenciais.
Precisamos conversar: Mais de 40% dos entrevistados dizem que sua empresa tratou de fraudes e crimes financeiros em departamentos separados, que não colaboravam entre si. Quase 90% dos entrevistados dizem que as instituições financeiras e as autoridades governamentais precisam compartilhar mais informações para combater fraudes e crimes financeiros.
IA deverá auxiliar no compartilhamento de inteligência: Quase todos os entrevistados dizem que esperam aproveitar a IA nos próximos 12 meses para promover o compartilhamento de informações sobre indivíduos de alto risco entre diferentes bancos.
“Os fraudadores de hoje são organizados e astutos”, disse Gadi Mazor, CEO da BioCatch. “Eles colaboram e compartilham informações instantaneamente. Especialistas em combate a fraudes – incluindo fornecedores de soluções tecnológicas como nós, juntamente com bancos, reguladores e autoridades policiais – devem fazer o mesmo se esperamos reverter os crescentes números de fraudes em todo o mundo”, finaliza.
Clique aqui para acessar a pesquisa completa sobre IA, Fraude e Crimes Financeiros em 2024 da BioCatch e descubra como a indústria de serviços financeiros planeja proteger os clientes com e contra um conjunto de ferramentas de IA em rápida expansão e melhoria.
Sobre a BioCatch:
A BioCatch está na vanguarda da detecção de fraudes digitais e prevenção de crimes financeiros, sendo pioneira em inteligência biométrica comportamental baseada em ciência cognitiva avançada e Machine Learning. A BioCatch analisa milhares de interações de usuários para oferecer suporte a um ambiente bancário digital onde coexistem identidade, confiança e facilidade. Hoje, mais de 29 dos 100 principais bancos do mundo e 176 dos 500 maiores confiam no BioCatch Connect para combater fraudes, facilitar a transformação digital e aprofundar o relacionamento com os clientes. O Client Innovation Board da BioCatch, uma iniciativa liderada pelo setor que inclui American Express, Barclays, Citi Ventures, HSBC e o National Australia Bank, colabora para o pioneirismo criativo e inovador, alavancando o relacionamento com os clientes na prevenção de fraudes. Com mais de uma década de análise de dados, 90 patentes registradas e experiência incomparável, a BioCatch continua a liderar a inovação para enfrentar os desafios futuros. Para obter mais informações, visite www.biocatch.com.
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