Low-code: entenda por que gigantes estão adotando a tecnologia
18 de agosto de 2022Tendência crescente no setor de tecnologia da informação, as plataformas low-code surgiram para fazer uma verdadeira transformação no mercado
Petrobrás vai investir R$ 300 milhões para migrar suas aplicações para plataformas low-code
Por se consagrarem como ferramentas poderosas para acelerar e simplificar os processos de desenvolvimentos de software, elas se tornaram aliadas de pequenas e grandes empresas.
De acordo com o especialista em Tecnologia da Informação e consultor Rafael Pereira, a migração para essa tecnologia acontece nos setores público e privado.
“Após ter adotado uma platafloma low-code em 2021, recentemente, a Petrobrás lançou uma licitação no valor de R$ 300 milhões, para a contratação de serviços de migração e modernização de aplicações existentes, que agora passarão para plataforma low-code”, revela o especialista.
De acordo com Rafael, a empresa deve mudar as aplicações que foram construídas em outras tecnologias para a nova plataforma.
“É muito natural ver cada vez mais empresas adotando este tipo de tecnologia, pois ela resolve diversos problemas que não são resolvidos por outras tecnologias como, por exemplo, a velocidade de entrega e de manutenção dos projetos”, explica.
Ainda de acordo com o consultor, para construir uma única tela utilizando programações como Java ou .NET, um profissional pode levar dias ou semanas para completar a tarefa.
“Já em uma plataforma low-code, essa mesma tarefa pode levar minutos ou algumas horas. Esse abismo de diferença entre a produtividade versus tempo é apenas um dos fatores chaves para essas mudanças recentes.” afirma Pereira.
A modernização e migração destas aplicações dentro da Petrobrás pode levar a contratação de cerca de 500 profissionais especializados na tecnologia e em outras áreas complementares.
“A redução de mão de obra é outra vantagem que faz com que empresas adotem plataformas low-code. Não se trata de demitir os programadores atuais, mas sim aumentar a produtividade do time existente. Se essas mudanças fossem feitas em outro tipo de programação, seriam necessários muito mais profissionais”, garante o especialista de TI. Rafael ainda destaca que a presença do low-code na área pública não é uma novidade.
“Outros órgãos, como Serpro e Anatel, já utilizam essa tecnologia e são cases de sucesso. Porém, esse megaprojeto da Petrobrás tem potencial de chamar a atenção de todo o setor público, que possuem dores e necessidades similares às que a estatal busca resolver com a adoção deste tipo de tecnologia. Isto vai criar um furacão no mercado low-code no Brasil, chamando a atenção também da área privada”, acredita Rafael.
No edital, a Petrobrás não divulgou detalhes sobre os tipos de aplicações que serão migradas e modernizadas, mas o consultor tem suas apostas.
“Mas pelos requisitos apresentados no edital, pode-se esperar que a plataforma low-codeseja utilizada em modernização e migração de aplicações web, mobile com integrações diversas com sistemas internos e com softwares de mercado como ERPs e outras soluções”, finaliza o especialista.
O que é low-code?
O termo low-code é usado para denominar plataformas que possuem interfaces de desenvolvimento baseadas em GUI (Graphical User Interface).
Essas ferramentas permitem um trabalho de codificação tradicional sem a necessidade de conhecer explicitamente a linguagem de programação em si.
Além de usar uma interface gráfica para o usuário, a ferramenta também elimina a necessidade de criar estruturas, vincular diferentes bancos de dados e realizar outras tarefas que normalmente são necessárias para codificar um software ou um aplicativo.
Sobre Rafael Pereira:
Rafael Pereira é formado em Sistemas de Informação pela Uniasselvi, em Blumenau (SC). Apesar de ter ingressado no mercado como designer gráfico, a aposta na tecnologia low-code revolucionou a sua carreira e hoje, o empreendedor é um dos poucos representantes e especialista brasileiro que oferece curso profissionalizante e on-line na Plataforma OutSystems, Na Academia RafaOutSytems, sua escola digital para programadores em low-code, ele já formou cerca de 1.300 alunos de mais de 10 países — desde profissionais de TI que buscavam uma atualização até pessoas a fim de uma mudança de carreira.
O catarinense também é proprietário da Digital Alquimia, consultoria da OutSystems para grandes empresas e instituições.
Em 2021, ganhou o prêmio de Produtor de Conteúdo das Américas sobre essa tecnologia, atribuído pela própria OutSystems no evento Global da fabricante.
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