Últimas notícias

Fique informado
Regulação: uma oportunidade de reforçar o potencial da criptoeconomia na América Latina

Regulação: uma oportunidade de reforçar o potencial da criptoeconomia na América Latina

23 de junho de 2022

Spotlight

Doc9 lança Guia Prático de Prompts para ChatGPT no Jurídico: Como Maximizar a Eficiência com a Inteligência Artificial

Para obter os melhores resultados com o ChatGPT no contexto jurídico, siga as dicas importantes do Guia Prático de Prompts da doc9.

28 de maio de 2024

Governo Federal apoia Rio Grande do Sul na emissão 2ª via da Carteira de Identidade Nacional

O mutirão coordenado pelo Governo do RS começou nos abrigos de Porto Alegre. Expedição da segunda via será imediata

20 de maio de 2024

O surgimento de projetos que regulam o mercado de criptoativos na América Latina deve dar tração a este segmento que já está em ascensão.

Entre julho de 2020 e junho de 2021, a região movimentou cerca de US$352.8 bilhões em criptomoedas – aproximadamente 9% do volume global das transações no período -, como indica o estudo “Global Crypto Adoption Index”, elaborado no último ano pela Chainalysis, uma plataforma de dados para blockchain.

Com a aprovação desses projetos, players do mercado financeiro podem iniciar ou fortalecer suas operações em cripto, já que o aparato regulatório trará mais segurança jurídica aos investidores. Dessa forma, as instituições financeiras tradicionais e as fintechs poderão facilitar o acesso da população em geral às criptomoedas, trazendo esses ativos ao mainstream na região.  

Ainda de acordo com o levantamento da Chainalysis, quatro dos vinte países que mais usaram criptomoedas em 2021 são da América Latina – Venezuela, Argentina, Colômbia e Brasil. No período, a região somou mais de US$ 653 milhões em investimentos de capital de risco em empresas de criptomoedas e blockchain – um aumento de quase 1.000% ante o ano anterior, segundo a Associação para Investimento de Capital Privado na região.

De acordo com Brianna Kernan, líder de vendas da Chainalysis para a América Latina, é importante lembrar, entretanto, que esses países têm perfis econômicos e políticos divergentes entre si. El Salvador, por exemplo, foi o primeiro país do mundo a usar o bitcoin como moeda oficial. Por outro lado, a Bolívia proibiu seu uso e comercialização.

“Mesmo em países com economias mais complexas, o cenário não é homogêneo. Enquanto o Banco Central da Argentina proibiu a oferta de serviços com criptomoedas pelas instituições financeiras, o Congresso Brasileiro analisa um projeto que regulamenta o uso e venda de ativos digitais. No mesmo passo, a governadora do Banco do México (Banxico), Victoria Rodríguez Ceja, reconheceu que a necessidade de regular as criptomoedas já foi levantada por autoridades em mercados desenvolvidos”, explica.

A especialista ainda reforça que esse setor já opera e se desenvolve mesmo sem regulação, mas com limitações. Por exemplo, a Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) desenvolveu seu próprio Código de Conduta e Autorregulação em 2020, antes mesmo do Congresso analisar o Projeto de Lei 3.825/2019. O texto já foi aprovado pelo Senado Federal e aguarda a análise pela Câmara dos Deputados antes de seguir para sanção presidencial.

O PL em trâmite visa combater os crimes com criptoativos e os retira do escopo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), atribuição que deve ficar nas mãos do Banco Central. Além disso, o texto sugere benefícios fiscais para instituições que fizerem uso de energia renovável e neutralizarem suas emissões de gases. 

Segundo Brianna, apesar do foco no combate aos crimes financeiros, a aprovação do projeto é um passo necessário para o desenvolvimento da criptoeconomia brasileira. “O Brasil é um grande mercado para os ativos digitais, mais de R$ 707 bilhões em criptomoedas foram movimentadas no país no último ano, e isso dá dimensão ao potencial de crescimento do setor, o que pode ser reforçado pela regulação”, avalia.

De forma simples, as operações financeiras com ativos digitais cruzam diversos níveis regulatórios – como tributário, monetário e as leis do consumidor. A elaboração e implementação desses projetos acontecem de forma complexa, podendo alterar leis e códigos já em vigor. Além disso, a desbancarização na região pode ser um desafio ao setor – de acordo com um levantamento da Bankingly, a penetração bancária entre os latinos é de 55%.

Por outro lado, o mercado tem se movimentado rapidamente, levando as autoridades a reconhecer a necessidade e as vantagens da regulação. Ambientes regulados atraem mais investimentos e empreendedores – o que, segundo a representante da Chainalysis, resultará no aumento do número de empregos, no acesso e desenvolvimento de produtos inovadores e no fortalecimento da segurança institucional e jurídica.

A já próspera e crescente criptoeconomia latina provavelmente ganhará mais força após a regulação. O uso de criptomoedas em uma economia descentralizada é uma tendência que, cada vez mais, ganhará raízes, e os países que priorizarem os padrões regulatórios globais estarão melhor posicionados para se tornarem líderes do setor”, concluiu.

Sobre a Chainalysis

Chainalysis é a plataforma de dados blockchain. Fornecemos dados, softwares, serviços e pesquisas para agências governamentais, bolsas, instituições financeiras e empresas de seguros e segurança cibernética em mais de 70 países.

CBDCs: O que esperar de seu impacto no mercado de criptoativos?

Criptoativos e ativos digitais devem expandir agenda regulatória, diz KPMG 

O número de criptoativos no mercado só aumenta e suas funcionalidades também

O tema Blockchain tem uma coluna especial no Crypto ID. Acesse aqui e acompanhe tudo relacionado a segurança digital com foco em identificação digital, mobilidade e documentos eletrônicos aplicados a esse universo. Aproveita e dá uma olhada na coluna sobre Criptomoedas, Criptoativos e Tokenização.