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A Edge Computing pode fornecer aos desenvolvedores um ambiente para criar os aplicativos 5G que não existem hoje

Por Adriano da Silva Santos

Tipicamente focada na habilitação de melhores produtos, a transformação digital está tendo um papel chave, sendo a principal responsável pela implementação de novos serviços, experiência ou modelos de negócios.

Não obstante, a nova era digital tem sido um desafio para as empresas, reconfigurando a forma como as empresas interagem com seus clientes, e mudando os processos e métodos de gerenciamento de seus empreendimentos.

Com o desenvolvimento de tecnologias virtuais, o sistema clássico de fazer business tem sido interrompido, à medida que as indústrias desbloqueiam potenciais através da adoção do ambiente tecnológico.

Nessa estrutura, as empresas estão procurando atualmente reconstruir sua abordagem, aproveitando dispositivos e aplicativos inovadores para criar processos inovadores. Essas marcas rapidamente começaram a procurar ferramentas que pudessem agregar facilidade e otimização aos seus processos diários, e desde o início da pandemia – dado no Brasil em meados de março de 2020, a demanda por inovação tecnológica aumentou 46,7% entre as organizações de todos os setores, segundo a Statista.

De acordo com a própria plataforma, somente em 2022, os gastos com transformação digital (DX) devem chegar a 1,8 trilhão de dólares e, até 2025, os gastos globais de transformação digital devem chegar a 2,8 trilhões de dólares.

Esses dados de aumento dos gastos não surpreendem, pois há uma infinidade de novos dispositivos e aplicativos disponíveis, com protótipos chegando ao mercado a cada dia que passa.

No entanto, de todas as inovações tecnológicas, um estudo conjunto recente do Google Cloud e da Omidia descobriu que os dois que estão crescendo em um ritmo acelerado entre as empresas são a computação de borda, ou Edge computing e o 5G, bem como seus equipamentos associados.

Adentrando esse cenário, nota-se que o 5G é mais do que apenas largura de banda e latência; trata-se de virtualização e compartilhamento. Os dois itens permitem que os aplicativos em execução tanto na nuvem quanto no limite, otimizem economicamente a capacidade e o desempenho da rede.

Portanto, isso requer uma mudança fundamental para as operadoras em sua abordagem de vender e apoiar ecossistemas de aplicativos, ao mesmo tempo em que olham além das limitações em termos de cobertura e throughput de suas próprias redes.

É importante perceber que ambas as tecnologias, embora relativamente novas no cenário empresarial, já se tornaram comuns entre as organizações de todas as indústrias.

A computação de borda, que é definida como ” uma parte de uma topologia de computação distribuída na qual o processamento de informações está localizado perto da borda, onde coisas e pessoas produzem ou consomem essa informação”, foi adotada rapidamente graças à sua capacidade de oferecer menos latência, custo reduzido e maior desempenho.

Conforme o estudo do Google Cloud e da Omidia, a vantagem deve crescer, já que 7 em cada 10 empresas devem investir na borda nos próximos 12 meses. Além disso, 70% de todas as empresas esperam gastar US $100.000 ou mais no limite durante os primeiros 24 meses de implantação, com cerca de um quarto de todas as indústrias se preparando para gastar US $1 milhão ou mais.

A pesquisa de mercado ecoa isso, já que o tamanho global do mercado de computação de borda multifaces deve atingir US $23,36 bilhões até 2028, exibindo um CAGR de 42,6% no período previsto.

O ascendente crescimento da computação de borda pode ser atribuído ao aumento de eficiência que oferece aos trabalhadores remotos e em campo, bem como à conformidade aprimorada, dando às empresas a capacidade de identificar e corrigir problemas mais rapidamente.

Verdadeiramente, no entanto, as empresas estão se voltando para o limite para os insights otimizados, pois a tecnologia permite que as empresas acessem dados situacionais em tempo real e inteligência para melhorar a tomada de decisões e a resposta.

Todavia, no levantamento supracitado descobriu-se que um terço das empresas dizem que a computação de borda é simplesmente parte de uma iniciativa de transformação digital em toda a empresa, que também engloba a adoção do 5G.

Para a tecnologia sem fio de quinta geração, a velocidade potencial de 20 Gbps é um atrativo significativo, porém sua baixa latência de 1 milissegundo ou menos, e sua capacidade de suportar taxas de dados de vários gigabits têm sido ainda mais atraentes para aplicações corporativas.

O relatório ainda trata sobre a questão da impulsão na adoção do 5G e o quão bem ele combina com a borda, à medida que as empresas começam a usar uma combinação das duas tecnologias para obter os melhores resultados. Oito em cada dez empresas acreditam que a disponibilidade do 5G é altamente importante para se beneficiar da computação de borda.

O mercado de aplicações habilitadas para 5G está crescendo rapidamente, como realidade aumentada, IoT em massa, robótica, AUVs/drones e outros dispositivos. Isso torna a uníssono do 5G dez vezes mais rápidas velocidades e a latência reduzida da borda, trazendo recursos de computação para a rede críticos para empresas que buscam acompanhar os avanços digitais.

Além disso, a Edge Computing pode fornecer aos desenvolvedores um ambiente para criar os aplicativos 5G que não existem hoje, abrindo caminho para mais uma rodada de inovações. A borda física é um lugar extremamente complexo e variado, na qual a quantidade de dados gerados e atuando em tempo real — devido à IoT e ao vídeo — é maior por vários fatores do que o atual ecossistema de nuvem orientado por aplicativos.

A nuvem escalou e teve sucesso economicamente porque era e é um meio compartilhado em cada camada. O 5G e a computação de borda (ou nuvem de borda) provavelmente escolherão este modelo para lidar com a complexidade e quantidade de dados gerados.

Infelizmente, por mais benéfico que a adoção de borda e 5G possa ser para as empresas, o processo não vem sem seus obstáculos. O estudo constatou que os principais desafios para os fabricantes que buscam implementar o 5G e a Edge Computing incluem eficiência operacional, produtividade dos funcionários, segurança e habilidades. Pelo menos 40% têm apenas um site habilitado para borda, mas 61% se expandiram, provavelmente para cinco sites ou menos. Contudo, quase 40% acreditam que uma rede 5G privada é essencial para usar a borda.

No geral, as dificuldades de implantação à parte, ambas as tecnologias continuarão a crescer e desempenharão um papel importante na sociedade à medida que as empresas se aventurarem ainda mais em uma nova era digital.

Esse procedimento torna a adoção da borda, do 5G ou alguma combinação de ambos, essencial para os empreendimentos que desejam acompanhar tanto a concorrência quanto às demandas dos consumidores.

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