O Departamento de Justiça americano iniciou ação contra três supostos hackers norte-coreanos, acusando-os de realizar ataques que lhes permitiram roubar e extorquir mais de US$ 1,3 bilhão em dinheiro e criptomoedas; as vítimas foram empresas e bancos.
Por Vivaldo José Breternitz
Além disso, as autoridades afirmam que os acusados administravam um esquema baseado em blockchain, que oferecia oportunidades de investimento em navios cargueiros.
O governo americano proíbe investimentos que venham a beneficiar a Coréia do Norte, mas o esquema permitiu que esse país obtivesse secretamente fundos de investidores para controlar embarcações, evitando sanções americanas.
Park Jin Hyok, um dos réus, foi anteriormente acusado de conexão com o ataque hacker à Sony Pictures de 2014 e o ataque de ransomware WannaCry de 2017.
As autoridades americanas afirmam que os réus trabalham para a agência de inteligência militar da Coréia do Norte; um cidadão canadense-americano admitiu lavar dinheiro para os supostos hackers.
O Departamento de Justiça afirmou que esses e outros agentes coreanos são os maiores ladrões de bancos do mundo, vinculando-os também ao grupo Hidden Cobra, que teria atacado empresas das áreas de comunicações, aeroespacial, financeira e de infraestrutura.
Mais recentemente, órgãos de inteligência da Coréia do Sul acusaram norte-coreanos de tentar hackear os sistemas da Pfizer, com o objetivo de roubar tecnologia de fabricação da vacina contra a covid-19.
Não se sabe se tiveram êxito, mas em novembro, a Microsoft afirmou que ao menos nove organizações da área de saúde, incluindo a Pfizer, haviam sido alvo de ataques hackers lançados por organizações estatais da Coreia do Norte e Rússia. De acordo com a Microsoft, alguns foram bem sucedidos.
Há alguns dias, a ONU acusou hackers ligados à Coreia do Norte de terem roubado outros R$ 1,6 bilhão em criptomoedas para financiar programas nucleares. As vítimas foram instituições financeiras e casas de câmbio virtuais.
Esses norte-coreanos têm uma bela folha corrida.
Vivaldo José Breternitz é Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.
Possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.
Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.
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