Mais que um terminal resistente à quedas, à água e a incidentes de uso em operações de campo, como os da medição de água, luz e outras, o TC55 investe na criptografia para dar a segurança ao tráfego da Informação. “É uma solução nossa, mas desenvolvida em padrão aberto, e 100% auditável, gratuita para quem adquirir o nosos terminal”, explica Paulo Cunha, presidente da Motorola Solutions Brasil. A justificativa se explica: a empresa vislumbra o governo como um potencial usuário do produto. O software de criptografia sendo 100% auditável se integra à nova regra de compras imposta pelo governo Dilma em resposta à espionagem dos Estados Unidos.
A aposta no governo é grande, mas a empresa ficou fora da licitação dos Correios – que prevê comprar mais de 50 mil smartphones. “Tentamos colocar o nosso produto, mas eles preferiram os smartphones tradicionais”, explica Noguerol. Além da criptografia, o TC55 – que tem custo estimado em US$ 1300, mas podendo baixar em razão do volume – tem ainda embutido scanner, para leitura de código de barra, e NFC, para pagamentos móveis.
“Grandes empresas sabem que o BYOD é uma realidade e tentam atender a pressão dos seus usuários, buscando soluções que protejam as aplicações integradas a sistemas legados. Nosso portal de desenvolvimento já conta com mais de 45 aplicativos portados, entre eles, ERPs, e toda a plataforma de desenvolvimento é open source para que a empresa faça as suas adaptações conforme o negócio”, salienta Noguerol.
A escolha pelo Android, com a versão Jelly Bean, acontece por ser o sistema operacional mais usado do mercado – 79%. A segurança volta como diferencial. “Sabemos que os malwares estão se voltando para o Android. A criptografia nos ajuda a barrar a ação dos malwares”, diz Lobsang Rodriguez, vice-presidente de marketing e produtos da Motorola Solutions.
Com relação ao custo do terminal – acima do smartphone tradicional – o executivo diz que o gestor de TI busca o retorno de investimento na mobilidade. No caso do aparelho da Motorola, ele vem pela promessa da longa durabilidade.” O terminal foi feito para durar entre três e cinco anos. Nossa garantia de fábrica é de dois anos. Nossa bateria foi desenhada para durar 12 horas com grande uso. Ela pode durar até dois dias. Isso não há em nenhum outro smarpthone de mercado. Para as empresas, isso será um diferencial”, acrescentou Rodriguez.
O TC55 está em fase final de habilitação na Anatel e as operadoras vão, sim, ser procuradas pela Motorola Solutions para atuarem como integradoras. “As teles são um canal relevante. O smarpthone tem wi-fi, 3g e 4G na frequência brasileira”, explica Paulo Cunha. No momento, informa ainda o executivo, não há planos para a fabricação local do smarpthone, mesmo com o possível uso da lei de desoneração. Planos futuros dependerão do volume de vendas. A fabricante também não quis dar expectativas de vendas. “É um lançamento mundial. Um produto 100% empresarial”.
Fonte::: Ana Paula Lobo :: Convergência Digital :: 07/11/2013