O Alicerce da Digitalização. Por Marcelo Buz
1 de setembro de 2020Em pleno 2020, é impossível pensarmos em nos tornamos uma nação desenvolvida se não tivermos um rápido e efetivo processo de digitalização.
Por Marcelo Buz
A MP 983/PLV 32/2020, talvez uma das mais importantes leis deste ano que se descortinará nos próximos dias, foi aprovada pelo Congresso.
Nela está escrito o alicerce para que possamos ter um processo de modernização, em especial do Governo.
Que pese muitos apontem alguns pontos onde o legislador poderia ter sido mais agressivo e liberal, há de mensurar, ao cabo, que a lei traz o muito mais avanços do que oportunidades não aproveitadas.
Sempre poderia ser melhor, mas hoje nosso Parlamento está de parabéns!
Ao longo de minha presidência a frente do ITI, fui enfático, e por vezes combativo de que precisávamos aliar o interesse da digitalização rápida sem fugir da obvia importância de mantermos a segurança a fim de que o processo de digitalização não caísse em descrédito com possíveis e até prováveis ataque de hackers e vazamento de dados. Ao estabelecer que muitos serviços públicos agora terão que utilizar de certificados digitais é a decisão mais acertada.
Há críticas quanto ao vinculo mais enfático à ICP-Brasil. Sim, há, porem o legislador optou pela solução mais segura, o que é louvável. Pode ser um pouco mais controverso, mas sem dúvida é o mais certeiro. As mudanças e modernizações da certificação digital que foram entregues ao longo de 2019 e 2020 permitem que a indústria possa se adaptar e atender os anseios da nação.
Inclusive no que diz respeito ao preço do Certificado Digital. E aqui vale ressaltar, as modernidades estão implementadas, certeza o aumento da demanda está sacramentada e não há motivos para se manter os mesmos níveis de preços.
Muitos dirão que se legislou para uma causa específica, mas não é verdade, se legislou em prol de um conceito consagrado mundo a fora. Em jogo, e agora resguardados, estão atributos essenciais para a segurança jurídica e para a estratégia de longo prazo de modernização do estado.
Integridade, autenticidade, autoria, não repúdio, sigilo, e sobretudo confiança, são os atributos que o congresso entrega ao Brasil.
Agora temos uma definição do mecanismos de identificação, autenticação, assinatura digital definidos. Inclusive uma dica referente a tão comentada LGPD. Grande parte do caminho da conformidade se resolve por meio das linhas escritas na MP 983/PLV 32/2020.
Poderemos dormir tranquilos que, o processo de digitalização do Brasil pode seguir firme, forte, rápido e definitivo. O desafio, é torná-lo acessível a todos. Caso contrário, certamente o texto atual não se sustenta por muito tempo. Porém o que temos agora é o correto alicerce para a digitalização.
Afinal, nenhuma casa é construída pelo telhado.
Marcelo Buz – Entusiasta da Transformação Digital | Ex-presidente do ITI – Instituto Nacional de Tecnologia da Informação. Natural de São Leopoldo, formado em Administração de Empresas com ênfase em Marketing pela ESPM, possui MBA Executivo Internacional pela UFRGS, Marcelo Buz licenciou-se do mandato de Vereador pelo partido DEM na cidade de São Leopoldo – RS em 2019 para assumir a presidência do ITI.
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O QUE É CRIPTOGRAFIA?
A criptografia protege a segurança pessoal de bilhões de pessoas e a segurança nacional de países ao redor do mundo.
A criptografia de ponta-a-ponta (end-to-end encryption ou E2EE) é um recurso de segurança que protege os dados durante a troca de mensagens, de forma que o conteúdo só possa ser acessado pelos dois extremos da comunicação: o remetente e o destinatário.
Criptografia Simétrica utiliza uma chave única para cifrar e decifrar a mensagem. Nesse caso o segredo é compartilhado.
Criptografia Assimétrica utiliza um par de chaves: uma chave pública e outra privada que se relacionam por meio de um algoritmo. O que for criptografado pelo conjunto dessas duas chaves só é decriptografado quando ocorre novamente o match.
Criptografia Quântica utiliza algumas características fundamentais da física quântica as quais asseguram o sigilo das informações e soluciona a questão da Distribuição de Chaves Quânticas – Quantum Key Distribution.
Criptografia Homomórfica refere-se a uma classe de métodos de criptografia imaginados por Rivest, Adleman e Dertouzos já em 1978 e construída pela primeira vez por Craig Gentry em 2009. A criptografia homomórfica difere dos métodos de criptografia típicos porque permite a computação para ser executado diretamente em dados criptografados sem exigir acesso a uma chave secreta. O resultado de tal cálculo permanece na forma criptografada e pode, posteriormente, ser revelado pelo proprietário da chave secreta.