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Câmeras térmicas e reconhecimento facial: tecnologias foram utilizadas na China para conter o COVID-19

Câmeras térmicas e reconhecimento facial: tecnologias foram utilizadas na China para conter o COVID-19

27 de abril de 2020

Câmeras térmicas e reconhecimento facial: quais tecnologias foram utilizadas na China e podem ser reaproveitadas no Brasil para conter o COVID-19

Por Rodrigo Chaves da Silva, Engenheiro de Projetos da Seal Telecom

Rodrigo Chaves da Silva, Engenheiro de Projetos da Seal Telecom

A pandemia do novo COVID-19 tem gerado grandes discussões sobre como conter a proliferação desse vírus, que tem atingido milhares de pessoas por dia no mundo.

Uma das principais preocupações é a demora e a dificuldade para identificar possíveis contaminados. Na China, a tecnologia está sendo utilizada como aliada nessa luta e muito dos aprendizados podem ser de grande ajuda no Brasil.

Por exemplo, câmeras térmicas e de reconhecimento facial estão sendo usadas para detectar e conter o vírus. Mas De que forma? De acordo com a agência de notícias Reuters, as autoridades chinesas conseguiram, por meio do reconhecimento facial, rastrear um morador de Hangzhou que havia viajado recentemente para Wenzhou – uma área que foi bastante afetada pelo vírus.

Com a identificação, o indivíduo foi instruído a ficar em casa por duas semanas evitando que, caso ele tivesse sido contaminado, passasse o’vírus para outras pessoas. Dispositivos como esse conseguem reconhecer e identificar uma pessoa mesmo que ela esteja utilizando uma máscara de prevenção.

Há um grande debate em todo o mundo sobre o uso desse tipo de vigilância, devido às preocupações com a privacidade dos indivíduos. No Brasil, por exemplo, as câmeras térmicas só podem ser utilizadas com uma autorização do exército.

Essas câmeras são capazes de avaliar a temperatura corporal interna dos indivíduos à medida que passam pelo campo de visão, e o software de análise de vídeo é capaz de identificar uma febre em potencial ou temperatura corporal anormal, que pode apontar para um novo caso de COVID-19.

A cidade de Guangzhou, na China, já utilizou essa tecnologia em seus ônibus urbanos, que também conta com reconhecimento facial para escanear passageiros e identificar rapidamente qualquer sintoma do vírus. Segundo relatos, as câmeras podem escanear uma passagem de um segundo, enviando um alerta ao motorista se uma anomalia for detectada.

Outros países também já aderiram ao uso desta tecnologia no combate ao vírus. O Dubai World Trade Center, por exemplo, anunciou recentemente que estava adotando medidas extra-preventivas para controlar e monitorar o acesso a sua torre Sheikh Rashid e”garantir o bem-estar de todos os inquilinos e visitantes”. Em uma mensagem enviada aos seus clientes, afirmou: “Você passará pelas câmeras / scanners térmicos e / ou será encaminhado para verificação médica por profissionais médicos (se necessário)”.

Inteligência Artificial e BIG Data também estão sendo utilizadas nesta pandemia. A IFSEC Global, empresa especializada nessas tecnologias, está utilizando gráficos interativos baseados em IA para rastrear a migração do vírus na China que, também, estão sendo usados pelo governo chinês para encontrar indivíduos infectados e fornecer recursos médicos a eles.

Já o Big Data está sendo utilizado para prever o impacto do vírus na economia global, ajudando governos e empresas a obter inteligência e analisar riscos em temporeal.

Independente das preocupações em torno do uso de vigilância, IA e Big Data, particularmente no uso de reconhecimento facial, é certo que o uso dessas tecnologias não devem ser descartadas no Brasil.

Os casos estão aumentando e o esforço colocado na prevenção e contenção do vírus será o principal diferencial para que o país não chegue a casos extremos como os vividos em alguns países.

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