Como funciona a tecnologia por trás do diploma digital lançado pelo MEC
17 de janeiro de 2020Até 2022 todas as instituições de ensino superior devem aderir ao projeto. UFSC é pioneira na emissão do documento na versão digital e economiza mais de R$ 300 por certificado
O Ministério da Educação (MEC) iniciou a campanha pela digitalização dos diplomas das universidades de todo o país. A partir deste ano, as instituições de ensino superior devem implementar o projeto Diploma Digital. O objetivo do governo federal é de até 2022 extinguir o certificado de papel. Para dar início ao processo, o MEC usou a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) para testes. Desde março de 2019, a universidade federal é pioneira na emissão do documento com a certificação digital.
De acordo com Sergio Roberto de Lima e Silva Filho, consultor comercial da BRy Tecnologia, empresa que em parceira com o Laboratório de Segurança em Computação (Labsec) ajudou a implementar o projeto-piloto na UFSC, dois recursos criptográficos tornam possíveis a digitalização dos diplomas. “O carimbo do tempo, tecnologia que comprova a data e a hora que o documento foi emitido, e o certificado digital, que garante a autenticidade do diploma” explica.
O carimbo do tempo é vinculado a fontes confiáveis conforme determina a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), que reúne normas técnicas de segurança usadas na certificação digital. É essa a garantia de que o documento terá validade jurídica a longo prazo, ou seja, poderá ser acessado muitos anos após a emissão. Outra vantagem, completa o especialista, é a prevenção a fraudes, pois a criptografia tem mecanismos de segurança avançados e não é manipulada manualmente.
Com a tecnologia, os diplomas devem ser emitidos por qualquer instituição do sistema de ensino federal. Além da economia em papel, a digitalização reduz ainda a mão de obra. Em um seminário em Brasília, em abril de 2019, o professor de Segurança da Informação da UFSC, Jean Martina, afirmou que a certificação digital diminuiu em 80% o total de horas de trabalho necessárias para a emissão.
“É um ganho para o meio ambiente e para desburocratização da universidade. A tecnologia evitará a emissão de diplomas falsos, como acontece hoje no modelo em papel. O diploma digital será armazenado no banco de dados da universidade e facilmente acessado sempre que for necessário, inclusive para checar sua validade”, afirma Sergio. Além disso, os certificados podem ser armazenados com segurança em nuvem, o que permite que o acesso seja feito pelo computador, celular e tablet.
Economia de R$ 48 milhões ao ano com o diploma digital
Os estudantes do curso de Direito da UFSC foram os primeiros no uso da tecnologia. Desde então, o projeto-piloto ajudou a universidade a economizar R$ 305,11 por diploma (a versão física custa R$ 390,26 enquanto a digital R$ 85,15). O MEC estima que, quando todas as federais aderirem ao sistema, a economia deve ser de R$ 48 milhões/ano.
“A transformação digital contribui de diferente formas, principalmente pela agilidade e por garantir mais segurança. Sem falar que os recursos podem ser investidos de uma melhor forma. As mesmas tecnologias utilizadas para emissão do diploma digital também podem apoiar a digitalização de outros processos nas instituições de ensino”, finaliza Sergio.
Sobre a BRy Tecnologia
Há 18 anos no mercado, a BRy Tecnologia atua na aplicação de protocolos criptográficos para tornar operações e negociações digitais mais seguras. Apostando constantemente em parcerias e no desenvolvimento de tecnologia, é referência em soluções para carimbo do tempo, assinatura e certificação digital, infraestrutura de chaves públicas e biometria.
Com sua tecnologia, abre caminho para a transformação digital, o aumento da produtividade de empresas e a otimização do tempo. Os serviços oferecidos pela BRy atendem as necessidades de grandes, pequenas empresas e startups, além de organizações públicas, que processam altos volumes de dados e documentos. A empresa se destaca por ser fabricante de um Framework de Serviços Criptográficos para assinatura digital, do Sistema de Carimbo do Tempo homologado pela ICP-Brasil e por ser credenciada como Prestador de Serviço de Confiança (PSC) da ICP-Brasil para armazenamento de certificados digitais na nuvem.
A BRy apresentou crescimento CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 30% entre 2013 e 2018. Hoje, são mais de 20 mil clientes atendidos, 2 bilhões de assinaturas digitais realizadas em suas aplicações e mais de 100 milhões de carimbos do tempo emitidos.
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