Estudo realizado pela Philips, Future Health Index 2019, revela que pacientes brasileiros estão buscando acesso a dados
16 de outubro de 2019Indivíduos com acesso aos seus dados de saúde estão mais propensos a se envolver com essas informações de forma a melhorar a qualidade do atendimento e sua experiência geral
Dados do relatório Future Health Index (FHI) 2019 [1] da Royal Philips (NYSE: PHG, AEX: PHIA), líder global em tecnologia de saúde, mostram que os indivíduos estão buscando informações e maior controle sobre quase todos os aspectos de suas vidas.
Proporcionar um acesso individual aos seus próprios dados de saúde torna-os mais propensos a interagir com essas informações de forma que irá aprimorar a qualidade do atendimento que recebem e sua experiência de modo geral. O mesmo vale para o Brasil, embora a adoção esteja defasada e necessite ser analisada.
“O relatório deste ano mostra a importância de pacientes capacitados. O acesso aos dados é o caminho para o conhecimento de como as pessoas podem melhorar suas vidas, com uma melhor compreensão do que estão enfrentando para que possam alcançar uma melhor qualidade de vida. Cerca de três quartos (74%) dos brasileiros não têm acesso ao seu registro eletrônico de saúde. No entanto, 79% deles desejariam acessar esses dados “, disse David Reveco Sotomayor, CEO da Philips América Latina
1. Acesso e disponibilidade
O relatório também revela que os profissionais de saúde no país acreditam que o acesso e a disponibilidade de dados são um ponto de dificuldade no Brasil. Por exemplo, cerca de um em cada quatro profissionais de saúde brasileiros acreditam que todos ou a maioria dos brasileiros têm acesso (22%) e disponibilidade (21%) ao atendimento médico. Além disso, a maioria (89%) dos profissionais de saúde no Brasil veem a saúde geral da população como fraca. Também, 62% dos profissionais de saúde brasileiros acham que o sistema primário de saúde do país é inadequado para promover saúde de qualidade. Isso indica uma oportunidade para um maior aprimoramento no sentido de fomentar a boa saúde por meio de acesso e de dados.
2. Propriedade dos dados de saúde
O Future Health Index da Philips também revela que no Brasil, embora alguns indivíduos estejam hesitantes, a maioria quer ter mais controle e obter acesso aos seus registros eletrônicos de saúde. As pessoas que têm acesso aos seus registros relatam uma melhor experiência quando se trata de atendimento médico e uma melhor qualidade e assertividade dos tratamentos disponíveis que aquelas que não têm ou não têm certeza quanto ao acesso. Apenas 10% não sabem se têm acesso ao seu registro eletrônico de saúde.
O relatório mostra que entre as pessoas que têm acesso ao seu registro eletrônico de saúde, 39% estariam mais propensas a utilizá-lo caso entendessem melhor como isso poderia facilitar a gestão de sua saúde. No entanto, para que os indivíduos realmente se beneficiem dos registros eletrônicos de saúde, no Brasil é preciso incentivar tanto o acesso quanto o seu uso. O ponto crucial é se concentrar em esclarecer de que forma os indivíduos podem facilitar a gestão de sua saúde.
3. Pacientes com maior controle são pacientes mais proativos
O Future Health Index 2019 indica que capacitar os indivíduos a gerenciar a própria saúde por meio da tecnologia, definitivamente aprimora a experiência tanto para os indivíduos quanto para os profissionais de saúde. Abrir as cortinas e dar aos brasileiros acesso aos seus dados de saúde é um bom começo, na medida em que, quando têm acesso ao seu Registro Eletrônico de Saúde (RES), as pessoas ficam mais propensas a serem proativas no que se refere à própria saúde e a acreditar que o sistema de saúde lhes dá apoio e fornece as informações necessárias.
Entre os brasileiros que têm acesso ao seu Registro Eletrônico de Saúde, cerca de dois terços se autoclassificam como proativos quando se trata da própria saúde. As pessoas que têm acesso aos seus registros eletrônicos de saúde são mais propensas a concordar que o sistema nacional de saúde lhes dá apoio e fornece informações sobre os métodos de prevenção de doenças crônicas do que as que não o têm:
• 19% das pessoas com acesso ao seu registro eletrônico de saúde não acham que o sistema nacional de saúde lhes dá apoio ou fornece informações suficientes sobre ações preventivas para doenças crônicas;
• 30% das pessoas sem acesso ao seu registro eletrônico de saúde não acham que o sistema nacional de saúde lhes dá apoio ou fornece informações de forma adequada sobre os métodos de prevenção de doenças crônicas;
• 56% das pessoas com acesso ao seu registro eletrônico de saúde afirmam que o sistema nacional de saúde lhes dá apoio ou fornece informações suficientes sobre ações preventivas para doenças crônicas;
• 35% das pessoas sem acesso ao seu registro eletrônico de saúde afirmam que o sistema nacional de saúde lhes dá apoio ou fornece informações suficientes sobre ações preventivas para doenças crônicas.
4. Compartilhamento de dados
O FHI 2019 também mostra que os brasileiros sem acesso ao seu registro eletrônico de saúde têm mais probabilidade (83%) de querer que seus profissionais de saúde tenham acesso a esses dados que a média de 15 países (64%), e profissionais de saúde (58%) concordam que pacientes que têm acesso a seus dados de saúde melhoram sua experiência.
No entanto, para utilizar a tecnologia digital de saúde, os brasileiros querem garantias de conveniência, conhecimento e controle da saúde. Os profissionais de saúde podem ter um papel a desempenhar no aumento da adoção e uso da tecnologia digital de saúde entre os brasileiros, já que eles estariam mais propensos a rastrear seus indicadores de saúde mediante uma recomendação de seu profissional de saúde. Os brasileiros com acesso à tecnologia digital de saúde e aos registros eletrônicos de saúde estão interessados em gerenciar sua própria saúde, mas parecem não ter certeza sobre como tirar proveito dessa tecnologia.
Cerca de 38% das pessoas que nem sempre utilizam a tecnologia digital de saúde ou aplicativos móveis de saúde para rastrear cada indicador de saúde afirmam que começariam a usá-los se um profissional de saúde os recomendasse ou se tivessem certeza de que seus dados de saúde estariam seguros. As pessoas que utilizam a tecnologia digital de saúde mencionam a conveniência de uso (43%) e a capacidade de se sentirem mais no controle de sua própria saúde (32%) como as principais razões para usarem a tecnologia digital de saúde ou aplicativos móveis de saúde.
5. Segurança dos dados
Os profissionais de saúde no Brasil estão abaixo da média quando se trata de compartilhar dados dos pacientes por via eletrônica. As preocupações com a privacidade e a segurança dos dados, juntamente com problemas de interoperabilidade, estão desanimando os profissionais de saúde brasileiros de compartilhar dados de saúde em todas as situações — particularmente quando os compartilham fora de seus estabelecimentos médicos.
Apenas cerca de um quarto (23%) dos profissionais de saúde brasileiros compartilham informações dos pacientes com outros profissionais de saúde fora de suas instituições por via eletrônica. Os profissionais de saúde no Brasil que não compartilham dados de pacientes externamente afirmam que preocupações com relação à privacidade de dados (61%) e à segurança dos dados (55%) são fatores cruciais para sua decisão de não compartilhar dados fora de suas instituições.
O Future Health Index 2019 da Philips
Desde 2016, a Philips realiza pesquisas originais para ajudar a determinar o grau de preparação dos países para abordar os desafios globais de saúde e construir sistemas de saúde eficazes e eficientes. Detalhes sobre a metodologia e uma lista completa de fontes estão disponíveis aqui. Para ler o relatório completo, visite www.philips.com/futurehealthindex-2019.
[1] As pesquisas do Future Health Index foram respondidas de 4 de março a 19 de maio de 2019 em 15 países (Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Holanda, Rússia, Arábia Saudita, Singapura, África do Sul, Polônia, Reino Unido e EUA) na respectiva língua nativa.
A pesquisa foi realizada on-line e off-line (conforme fosse relevante para as necessidades de cada mercado), com um tamanho de amostra de 1.000 indivíduos (população em geral) por mercado e de 200 por mercado para os profissionais de saúde. As exceções foram os EUA e a Alemanha, cada um com amostras ligeiramente maiores de profissionais de saúde.
Para os indivíduos da população em geral, a pesquisa é representativa de dados demográficos essenciais, por exemplo, idade, gênero, região, tipo de localização (rural/urbana), renda/nível socioeconômico/educação e etnia (sempre que coubesse perguntar). Isso foi atingido por meio de uma mistura entre equilíbrio e ponderação.
Na Arábia Saudita e no Brasil, a pesquisa é representativa da população on-line em âmbito nacional. A duração da pesquisa foi de aproximadamente 15 minutos nos EUA, Alemanha e Holanda, e de cerca de 10 minutos nos demais mercados. A amostra total da pesquisa inclui 3.194 profissionais de saúde (definidos como aqueles que trabalham na área de atendimento médico como médicos, cirurgiões, praticantes de enfermagem, enfermeiros diplomados, técnicos de enfermagem ou enfermeiros atuando em diversas especializações) e 15.114 indivíduos que representam a população adulta em geral.
Sobre a Royal Philips
A Royal Philips (NYSE: PHG, AEX: PHIA) é uma empresa líder em tecnologia da saúde com foco no aprimoramento da saúde das pessoas e na viabilização de melhores desfechos em todo o continuum de saúde, da prevenção e vida saudável ao diagnóstico, tratamento e atendimento domiciliar. A Philips potencializa a tecnologia avançada e profundos insights clínicos e dos consumidores para oferecer soluções integradas. Sediada na Holanda, a empresa é líder em diagnóstico por imagem, terapia por imagem, monitoramento de pacientes e informática da saúde, bem como em saúde do consumidor e atendimento domiciliar. O portfólio de tecnologia da saúde da Philips gerou 18,1 bilhões de euros em vendas em 2018 e emprega cerca de 77.000 funcionários no setor de vendas e serviços em mais de 100 países.
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