Internet
Hackers russos roubam mais de um bilhão de senhas
Grupo acumulou 1,2 bilhão de combinações de nomes de usuário e senhas de internet e 500 milhões de endereços de e-mails. Empresa de segurança que descobriu o roubo não vê ligação do caso com o governo da Rússia
Ação partiu de cidade na região central da Rússia (Thinkstock/VEJA)
Hackers russos acumularam o maior número de dados confidenciais de internet de que se tem notícia, ao roubar 1,2 bilhão de combinações de nomes de usuário e senhas e mais de 500 milhões de endereços de e-mails. Segundo o jornal The New York Times, trata-se do maior ação desse tipo já registrada. O grupo atua desde 2011, mas acelerou a coleta a partir de abril deste ano.
Os registros incluem ainda dados confidenciais de 420.000 sites. O roubo foi descoberto por uma empresa de segurança da cidade de Milwaukee, nos Estados Unidos, que não divulgou o nome das vítimas. “Os hackers não tiveram como alvo apenas companhias americanas. Eles atacaram qualquer site ao qual podiam ter acesso, desde empresas que fazem parte da lista da Fortune até outros muito pequenos”, afirmou o chefe de informação da Hold Security, Alex Holden. “Muitas destas páginas ainda estão vulneráveis”, acrescentou.
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Um especialista em crime cibernético consultado pelo NYT afirmou que algumas grandes empresas sabiam que seus dados haviam sido roubados. O caso aumenta a sensação de que manter informações confidenciais longe do alcance de hackers é cada vez mais uma tarefa difícil. Em dezembro, 40 milhões de números de cartões de crédito e 70 milhões de endereços, números de telefone e outras informações pessoais foram roubados do sistema de computadores de uma empresa americana por gangues do leste europeu.
Sites russos também foram hackeados pelo grupo, e, por isso, Holden disse não enxergar ligação com o governo russo, que enfrenta atritos com o Ocidente devido principalmente à crise na Ucrânia
O grupo está baseado em uma pequena cidade perto da fronteira com Cazaquistão e a Mongólia, e inclui menos de uma dúzia de jovens na faixa dos 20 anos de idade. “Há uma divisão de trabalho na gangue”, disse Holden. “Alguns estão desenvolvendo o programa, outros estão roubando os dados. É uma pequena empresa: todo mundo está tentando ganhar a vida.”
Segundo o jornal, os hackers ainda não comercializaram muitos desses registros. Até o momento, eles parecem estar preferindo usar as informações para enviar spans por meio de redes sociais como Twitter, a pedido de outros grupos, e cobrando valores pela tarefa.
Como outras consultorias de segurança cibernética, a Hold Security tem contatos entre hackers e estava monitorando e entrando em contato com o grupo da Rússia há algum tempo.
Fonte: http://veja.abril.com.br
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