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Ameaças cibernéticas atingem recorde em 2018

10 de janeiro de 2019

ESET analisa o aumento de 12% de ameaças cibernéticas em relação a 2017, chegando a 46 vulnerabilidades relatadas por dia durante 2018

A exploração de vulnerabilidades é um dos cinco métodos mais utilizados pelos invasores para infectar suas vítimas.

A ESET, empresa líder na detecção proativa de ameaças, revela que o ano de 2018 atingiu seu ponto máximo, e detalha quais foram os tipos mais frequentes.

Até o final de dezembro, 16.555 vulnerabilidades foram registradas de acordo com os relatórios feitos no CVE, o que significa um aumento de 12% em relação a 2017.

Isso dá uma média de 46 ameaças relatadas por dia durante 2018. Porém, as mais críticas (com uma avaliação maior ou igual a 7 e 9 de acordo com o CVSS v3.0) tiveram uma leve queda, se comparado ao ano anterior.

Os produtos com mais vulnerabilidades em 2018 foram a distribuição de Linux denominada Debian em primeiro lugar, seguido pelo Android no segundo.

Outros sistemas amplamente utilizados que aparecem no ranking são o Ubuntu em terceiro lugar, o Enterprise Linux Server da Red Hat em quinto e o Windows 10 em décimo.

Apesar do Debian ser o primeiro lugar em vulnerabilidades, durante o ano de 2018 as detecções de códigos maliciosos especificamente projetados para afetar o Linux representam apenas 1% do total de detecções, enquanto que para sistemas operacionais da Microsoft o número aumentou para mais de 6%.

Os fabricantes com mais vulnerabilidades em 2018 foram o Debian (903), Oracle (690) e Microsoft (674), enquanto os aplicativos foram Firefox (333), Acrobat DC e Acrobat Reader DC (286) e PhantomPDF (223), e os fabricantes com os casos mais graves são Adobe (8,80), Qualcomm (8,50) e RealNetworks (8,50).

Os tipos mais frequentes de vulnerabilidades em 2018 foram execução de código (23%), ataques de overflow (18%) e Cross Site Scripting, ou XXS (15%).

Além disso, 79% são relacionadas à execução de código eram graves (pontuação de criticalidade maior ou igual a sete).

Não é surpresa, então, que a exploração de vulnerabilidades seja um dos vetores de comprometimento mais utilizados.

“Essas vulnerabilidades têm impacto sobre usuários domésticos e empresas. O caso WannaCry, por exemplo, uma falha identificada no protocolo SMBv1 (Server Message Block) do Windows, foi o caso de maior repercussão. Apesar de mais de um ano ter se passado desde o ataque deste ransomware, as detecções do exploit SMB / Exploit.DoublePulsar tiveram um aumento de 213% durante 2018. Na América Latina, entre os países mais afetados por esse exploit estão México (23%), Peru (14%) e Brasil (12%) “, diz Camilo Gutierrez, chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET América Latina.

 

Brasil é o país da América Latina que mais utiliza e investe em cloud