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Confira 10 insights sobre tecnologia e governo

14 de dezembro de 2018

Serpro lança versão 2018 de ebook com temas como criptomoeda estatal e tendências de BPM; a terceira onda do DevSecOps e a Cultura de Compliance, dentre outros debates quentes

Artigo produzido por: Serpro

Com 54 anos de experiência entregando soluções na área de tecnologia, o Serpro tem uma base robusta de conhecimento distribuído por profissionais de diversas áreas.

Neste ebook recém-lançado, compartilha um pouco dessa expertise acumulada. O acesso é gratuito, bastando um breve cadastro para conferir o conteúdo do Serpro Insights 2018.

São dez estudos repleto de informações úteis e atualizadas sobre tecnologia e suas aplicações para o governo e a sociedade.

Confira a seguir o que você encontra na edição 2018, por meio de citação de estudos e fragmentos significativos.

1) E se o governo tivesse uma criptomoeda?

Intitulado “Benefícios e desafios da adoção de criptomoeda pelo Governo Federal”, o estudo destaca essa hipótese em seu quinto item:

“A hipótese mais animadora do cenário da criptomoeda governamental seria a possibilidade do
governo possuir duas moedas oficiais ao mesmo tempo, criando um momentum de alavancamento da
economia com ótimo fundamento mercadológico.

Nesse ponto, o governo federal possui uma experiência similar, quando da transição do Cruzeiro Real para Real, quando no Brasil existiram duas moedas ao mesmo tempo, a oficial e a Unidade Real de valor (URV), que funcionou como uma grande ferramenta de desindexação da economia; sobre esse aspecto, a criptomoeda lançada pelo governo com monitoração e lastro de confiança poderia funcionar como a URV e ajudar no combate à inflação.

A estrutura lógica da economia da criptomoeda, usando como exemplo o Bitcoin, trabalha com alguns
atores: (1) usuários, (2) nós de rede e (3) mineradores.

Num esquema normal de transação via criptomoeda, os usuários adquirem criptomoedas de outros usuários seja por compra seja por outros meios, já que não existe uma autoridade central emitindo tais criptomoedas.

Esses usuários trocam as criptomoedas (independente se por papel-moeda ou se por bens/serviços), essas informações ficam registradas nos nós de rede, esse registro é feito pelos mineradores que são premiados por isso.

Muitos problemas advêm da não existência de criptomoedas oficiais.(…) ”.

2) Sistema tributário na era da informação: atualizações imprescindíveis

O estudo “Novas Tendências Fiscais” aponta, já em seu resumo:

“(…) Estudos recentes apontam que a expansão do setor de serviços, na composição do produto nacional, tem reduzido o controle e a arrecadação tributária.

O raciocínio tributário atual conceitua que a produção decorre de processos produtivos manuais, em locais específicos que possam ser medidos fisicamente.

Estudos recentes mostram um grande crescimento dos ativos intangíveis das 500 maiores empresas do mundo.

Esse cenário mostra uma dicotomia entre a Tecnologia da Informação e o Sistema Tributário na era da Informática, exigindo do sistema tributário uma necessidade de atualização a fim de reduzir a fragilidade operacional dos tributos convencionais.”

3) Integração de dados requer esforços de definição e documentação

Sobre “Comercialização de Dados Integrados”, o estudo discorre, em sua introdução, sobre os desafios que se encontra nessa área:

“(…) Estudo realizado por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) concluiu que companhias que utilizam decisões orientadas a dados (Data-Driven Decision) são, em média, 5% mais produtivas e 6% mais rentáveis.

Contudo, como essas bases de dados são construídas por equipes independentes e – muitas vezes – sem utilizar padrões de engenharia, vê-se surgir um grande problema: um mesmo tipo de informação pode ser representado de diferentes formas em diversos ambientes.

Dr. Jim Goodnight (cofundador e CEO da SAS) confirma que esse é um dos maiores problemas: fazer diferentes proprietários de dados trabalharem juntos. (…) A integração de dados requer esforço na definição de processos e na documentação do negócio.”

4) Para onde a hiperconectividade vai nos levar?

Intitulado “O futuro da conectividade”, o estudo aborda, em sua análise:

“Associado ao futuro da Internet, há dois aspectos relacionados, o Transumanismo e a Inteligência Computacional.

O primeiro, definido como a aplicação da tecnologia para aprimorar o ser humano, visando o melhoramento e superação da condição básica do homem moderno, englobando o uso de biotecnologia, neurotecnologia e nanotecnologia.

O segundo, como facilitador para a construção de mecanismos que simulem a capacidade do ser humano de pensar e resolver problemas, sendo um dos produtos dos avanços tecnológicos.

Em termos práticos, essa relação já foi iniciada. Ainda que se desconsidere a maior busca do Transumanismo (imortalidade), é certo que o ser humano será o tempo todo monitorado por mecanismos ligados à rede.

Por exemplo, atualmente já existem empresas dedicadas a criar wearables (aparelhos vestíveis) que medem sua condição de saúde a cada instante, bem como seu nível de stress. Essa tendência realmente deve crescer dentro dos próximos anos.”

É claro que existem riscos inerentes de conectar o corpo humano a uma rede tão aberta quanto a Internet, mas é provável que novas tecnologias de criptografia e segurança sejam desenvolvidas até lá.”

5) Compaixão funcional: um conceito técnico da maior relevância

“DevSecOps: Terceira Onda” é um estudo que destaca, logo em seu terceiro item, a importância de compreender aspectos da cultura DevSecOps:

“Compaixão funcional significa a incorporação às próprias razões dos elementos fundamentais que integram as razões do time colaborador.

Talvez a própria ideia de “time”, a despeito de ter agregado importantes elementos de conduta pró-producente, tenha também trazido um desfavor à qualidade de nossos processos: a ideia de competição interna.

A dinâmica da competição tende a gerar um desvio grave de finalidade, já que “superar o outro em prol da organização geral” é diferente de simplesmente “superar o outro”.

Historicamente, times de desenvolvimento se queixam dos times de produção, pelas dificuldades que oferecem à sua atuação.

Times de produção tampouco deixam de se queixar da atuação irreverente do time de desenvolvimento. Ambos se queixam dos times de segurança e todos, por fim, se juntam em suas queixas em relação aos times de relacionamento com cliente.”

6) Conheça quatro tendências fortes na gestão de processos

Intitulado “As tendências de BPM em 2019”, o estudo enumera caminhos prováveis já em seus trechos iniciais (resumo e introdução):

“(…) O presente texto nos mostra quatro tendências da gestão de processos de negócios (Business Process Management – BPM), Inteligência Artificial – IA, Internet da Coisas – IoT, Jornada do Cliente e Processo empresarial como serviços – BpaaS, na atualidade e como são as previsões para o próximo ano.

O assunto a ser tratado é sobre as tendências tecnológicas que terão efeito direto sobre a gestão de processos de negócios.

Em 2019 espera-se um crescimento mais acentuado do BPM no dia a dia das empresas onde:

  • A metodologia Ágil será exigida com um dinamismo nunca visto antes.
  • A inovação para ser competitiva deverá ser contínua.
  • A análise das necessidades dos clientes para se ter flexibilidade e agilidade no atendimento.
  • A informação analisada torna-se determinante para as decisões.

E é por isso que o BPM será ainda mais necessário para as empresas em 2019. Ele é o pilar para a tomada de decisões estratégicas na jornada de transformação digital.

As tecnologias em alta e que estão sendo usadas em sintonia com o BPM são Design Thinking, Agile Business Transformation (ABT), Agile, Lean, Six Sigma, Analytics dentre outras.”

7) Como internalizar uma cultura de Compliance nas organizações?

O sétimo estudo selecionado para o Insights define, em seu item de análise:

“O termo compliance tem origem no verbo em inglês to comply, que significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um comando ou um pedido, ou seja, estar em “compliance” é estar em conformidade com leis e regulamentos externos e internos.

Portanto, manter a empresa em conformidade significa atender aos normativos dos órgãos reguladores, de acordo com as atividades desenvolvidas pela sua empresa, bem como dos regulamentos internos, principalmente aqueles inerentes ao seu controle interno.

Quando surgiu a atividade de compliance, principalmente nas instituições financeiras, a maioria direcionou a atividade para ser desempenhada pela assessoria jurídica, considerando a expertise dos mesmos nas interpretações dos instrumentos legais.

As empresas que possuem grande responsabilidade jurídica e normativa em seus atos, são as que mais precisam implantar um departamento que garanta a conformidade de seus atos ou, pelo menos, ter uma assessoria externa para agir em apoio à sua alta direção.”

8) Quando a aprendizagem se faz na empresa

O oitavo estudo é intitulado: Aprendizagem Organizacional – um ensaio teórico e perceptivo focalizando a estratégia, a aplicabilidade e a efetividade.

Apresentando a contraposição sistematizada de vários enfoques e teorias, o trabalho destaca que:

“(..) faz-se necessário ressaltar que a aprendizagem neste campo não se restringe apenas ao formal, ao previamente estruturado, mas há de ser ter em atenção, à relevância da aprendizagem informal.

Segundo Coelho & Borges-Andrade (2008), a aprendizagem informal é mais intrínseca ao indivíduo, é mais relacionada às necessidades internas do individuo do que à necessidade de um treinamento fornecido pela empresa, mas, ainda assim, essa aprendizagem tem um alto impacto, intenso e direto no trabalho do indivíduo.”

9) Aumentar o poder de interpretar a realidade com base em evidências

O nono estudo do Insight Serpro, chamado Big Data Analytics no Governo, interpõe Big Data Analytcs com as necessidades vividas pela administração pública, conforme destaca em sua introdução:

“A ‘administração baseada em evidências’ é uma abordagem sistemática para informar e fundamentar decisões, nas quais a dificuldade da escolha é um fator preponderante.

Para a administração pública, proporciona uma nova racionalidade de apoio e sustentação de políticas públicas, de modo a produzir melhores resultados, tanto em relação às definições destas políticas, quanto na aplicação e avaliação das mesmas.

Big Data Analytics é a designação atribuída a um conjunto de métodos e técnicas que visam propiciar o tratamento de grandes e variados volumes de dados.

Aumenta o poder de interpretação da realidade das abordagens baseadas em evidência, nas mais diferentes atividades.

Não obstante, pressupõe a incorporação de um novo campo de conhecimento – a ciência de dados , o que impõe a definição de estratégias para a transição e acomodação dos métodos, técnicas e ferramentas relacionados.

Apesar de ser apontado como um assunto de grande importância, a ciência de dados não é uma disciplina madura.

Tampouco a relevância da promoção de uma administração baseada em evidência é percebida com o mesmo senso de necessidade e, da mesma maneira, pelos agentes públicos. (…)”

10) Pesquisa e Desenvolvimento: investimento ainda é menor que o necessário

O último estudo do Insights Serpro é intitulado “Impactos no Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), destaca-se a importância dessa área para o sucesso das organização, conforme já destacado na introdução:

“Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) é o nome dado à atividade de empreender esforços para gerar inovações de mercado, o que geralmente é realizado em universidades, instituições de pesquisa e empresas.

A embalagem Tetra Pak por exemplo, que revolucionou a economia trazendo grandes ganhos de logística para o setor alimentício, foi fruto de P&D.

Dessa forma, investir em P&D pode alavancar os negócios de uma empresa pois a torna competitiva por ser pioneira em algum tipo de solução, em alguns casos, inclusive, detendo direito de exclusividade na exploração comercial dos frutos de suas pesquisas.

Grandes empresas de países como França, Estados Unidos, Japão e Alemanha que são líderes mundiais em seus segmentos, investem ativamente em P&D, muitas vezes obtendo altos lucros com os royalties sobre suas invenções (Endeavor Brasil, 2015).

O investimento em P&D no Brasil ainda é fraco se comparado com outros países. A maior parte da atividade por aqui é desenvolvida em universidades e muito pouco por empresas.

Mesmo na universidade, os resultados brasileiros não são tão expressivos do ponto de vista de gerar inovações para o mercado, o que para Cruz (2010) pode ser observado ao verificar o baixo número de patentes geradas pelo país frente ao resto do mundo, um reflexo direto da ausência das empresas nesse cenário.

Nesse contexto, Siena (2011) alega que é necessário estreitar a relação das universidades com as empresas e ainda menciona que o sucesso do desenvolvimento tecnológico depende de um tripé formado pela parceria entre empresa, academia e também governo.”

Fonte: Serpro

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