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A Saúde nos últimos 30 anos: rumo à transformação digital

21 de julho de 2017

Das máquinas de datilografar aos computadores inteligentes, MV coleciona histórias da evolução do setor no Brasil

Paulo Magnus, presidente da MV

*Por Paulo Magnus, presidente da MV

Há exatos 30 anos, em 1987, a população brasileira era de mais de 147 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje, em 2017, já somos quase 208 milhões, aumento de 41,5% no período.

O que há em comum entre todos esses indivíduos, ao longo de todo o período, é o fato de que em algum momento precisaram, e continuarão precisando, de cuidados médicos, seja por meio do setor suplementar, seja por meio do público. Ao longo desses anos, a Saúde no Brasil cresceu, adaptou-se e evoluiu a fim de atender a demanda cada vez mais crescente e complexa. E para coroar tanta mudança, veio, recentemente, a transformação digital.

Foi nesse sentido que a MV foi criada há 30 anos: para ser o braço direito de todas as organizações de Saúde – sejam elas públicas, privadas, de medicina diagnóstica, clínicas, hospitais, operadoras, não importa – na excelência da qualidade do atendimento. O som das máquinas de escrever que fazia parte de praticamente todos os processos hospitalares da década de 1980 hoje não existe mais. A ineficiência resultante desse ambiente analógico foi vista como uma grande oportunidade de gerar soluções que pudessem automatizar processos, inicialmente os voltados para a área de faturamento.

A década de 1980 foi a época do surgimento dos computadores nos hospitais e organizações de Saúde do Brasil, com sistemas centralizados em uma máquina de grande porte, que possuía diversos terminais ligados a ela. Esses computadores gigantes armazenavam informações e dados médicos, como registros, agendamento, censo de leitos, materiais, entre outros.

Com a evolução da Saúde e da tecnologia da informação (TI), caminhamos lado a lado das organizações na busca por desenvolver soluções que ajudassem a transformar negócios. Assim nasceu um dos primeiros sistemas de gestão hospitalar do Brasil, o SGHI, em plataforma Clipper.

Entre 1997 e 2008, desenvolvemos o sistema de gestão hospitalar MV2000i e lançamos o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). Com este último, hospitais públicos e privados espalhados por todo o País puderam deixar de lado os antiquados prontuários de papel e os enormes arquivos físicos para concentrar, no sistema, todas as informações sobre os pacientes, seus históricos, receitas, especialistas e exames.

Em 2009, desenvolvemos a plataforma SOUL MV, com tecnologia Java, reunindo soluções simples e completas para hospitais, operadoras de planos de Saúde e Saúde pública. Foram dois anos de pesquisas e mais de R$ 50 milhões em investimentos para criar um dos mais modernos softwares de gestão de Saúde do mundo.

Com a evolução dos anos, os grandes computadores também deram espaço a três tendências tecnológicas: o rightsizing, ou o tamanho correto do computador, já que agora não é mais necessária uma máquina grande e cara para armazenar tudo o que a organização precisa; o  downsizing, que significa uma redução geral de preço, do tamanho físico e até mesmo da capacidade de alguns sistemas, podendo-se assim espalhá-los pela organização, principalmente por terminais baseados em microcomputadores; e a terceira, mais recente, é a  multimedia, ou possibilidade de integrar-se, num sistema clínico, não somente o texto, mas também as informações como, por exemplo, imagem, estática, vídeo, som, sinais biológicos e assim por diante.

Os avanços permitiram a criação de uma plataforma que coloca no mesmo ambiente soluções como os Sistemas de Comunicação e Arquivamento de Imagens (Picture Archiving and Communication System – PACS) e Sistemas de Informação em Radiologia (Radiology Information System – RIS) que, integrados ao PEP, compõem o histórico completo dos pacientes atendidos pela organização. Com o desenvolvimento de sistemas de gestão, as organizações de Saúde estão cada vez mais conectadas e integradas e podem, inclusive, praticar a medicina preditiva, com facilidades como as oferecidas pela plataforma Global Health, que conecta todos os atores da Saúde de um jeito diferente e inovador.

Para disseminar todo esse conhecimento, estruturamos a Comunidade MV, rede de relacionamento de gestores e profissionais para fomentar informação e trocas de experiências sobre gestão de Saúde. Hoje, os produtos têm vários nomes – SOUL MV, VIVACE MV, SIGClin e Global Health, entre outros – mas a base de onde foram criados é a mesma, exatamente porque, nestes 30 anos, nossa missão foi uma só: tornar a Saúde mais eficiente, humanizada e sustentável.

Atualmente são mais de 1.000 instituições e 375 mil usuários utilizando as soluções MV para oferecer eficiência, agilidade, precisão e segurança na prestação de serviços do setor. E assim continuamos caminhando, rumo a um futuro no qual a plena transformação digital possibilitará cada vez mais preditividade no cuidado em saúde.

Adeus, papel! Bem-vinda tecnologia digital, bem-vinda inteligência artificial, que vão guiar sua vida nas próximas décadas.