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Cremesp – Projeto-piloto demonstra otimização de tempo e redução de gastos

6 de maio de 2011

Fórum sobre Prontuário Eletrônico: CFM quer implantar piloto de certificação digital ainda este ano


Foto: Osmar Bustos

Entender os conceitos do prontuário eletrônico, por parte dos profissionais de medicina, é o principal desafio do projeto-piloto para a implantação da certificação digital. Esta foi uma das questões abordadas pelos participantes durante o segundo e último dia do simpósio que o CFM realizou, neste 4 de maio, na subsede do Cremesp na Vila Mariana, sobre o tema.

O gerente médico do Hospital Samaritano, Enéas José Faleiros, observou que o processo de implantação de certificação digital naquela instituição está sendo feito em fases: “já temos 1.700 certificados emitidos e investimos diretamente R$ 325.000,00 no projeto-piloto.” E garante: “tivemos 100% de adesão dos profissionais envolvidos e os próprios médicos foram treinados para operarem o sistema.” Para Faleiros, o hospital – mesmo custeando o projeto integralmente – já está economizando com a redução do uso do papel.

Kaio Jia Bin, diretor de TI do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), explicou que o projeto-piloto foi iniciado no setor de UTI, por ser um ambiente controlado. “Após um ano de avaliação na Unidade, a assinatura digital foi adotada nos ambulatórios, já com melhor aceitação por parte dos médicos”, relatou.

Para o cirurgião geral José Ricardo Guimarães, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), ligado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a instituição agiu de forma diferenciada, estimulando o uso do certificado digital em todas as dependências do hospital. Segundo Guimarães, “a implantação do projeto foi feita no dia 15 de abril de 2009, Em apenas 10 dias 71 médicos já possuíam o certificado e 2.500 páginas impressas já haviam sido economizadas, comprovando o sucesso da iniciativa.”

Durante a exposição do último painel do evento, sobre Perspectivas e avanços no Prontuário Eletrônico e Registro Eletrônico em Saúde, o primeiro vice-presidente do CFM, Carlos Vital, lembrou que a Resolução nº 1821, de 11/07/2007 estabeleceu as regras para implementação de prontuários eletrônicos e criou um selo de qualidade para validar esses sistemas pela Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (Sbis). Atualmente, existem no país seis sistemas certificados pela Sociedade.
 
De acordo com Vital, a validação pela Sbis é fundamental para que os dados dos pacientes sejam incluídos em ambientes virtuais. Para ele, esse cuidado é importante tanto para a segurança do médico como do paciente. Vital alertou que os sistemas que já operam, mas não são validados pela Sbis, devem procurar fazê-lo.  

No encerramento do simpósio, d’Avila, ponderou que é importante subsidiar as instituições que não seguem essas instruções para que seja possível progredir nesse processo. “Este é um momento histórico importantíssimo para o futuro, que deverá colocar em prática um serviço de excelência para toda a sociedade”, finalizou.  

Fonte: CERMESP

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