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7 de dezembro de 2022

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11 de outubro de 2022

E é daí que surge low-code como um habilitador da transformação digital, não só para a aceleração do tempo de resposta para os negócios

Cerca de três anos após a ascensão, aceleração e domínio absoluto de conceitos e aplicações sobre transformação digital e transformação ágil no mercado de tecnologia, 2023 já chega trazendo consigo uma tendência em alta que promete ganhar força nas empresas ao reunir o melhor desses dois mundos: o low-code.

Cada vez mais utilizado pelas organizações que buscam acelerar suas entregas por meio de plataformas personalizadas e completas com utilização de poucos (ou nenhum) códigos, a abordagem low-code é tão promissora que até empresas como Microsoft, Salesforce e ServiceNow estão investindo nesse modelo de atuação.

E as razões são inúmeras, a começar pelo próprio desenho do mercado no que se refere à falta de profissionais qualificados.

Dados da IDC apontam que a escassez global de desenvolvedores em tempo integral deverá chegar a 4 milhões em 2025.

No Brasil, estima-se uma demanda de 159 mil profissionais capacitados em TIC por ano até 2025, diante de uma formação anual de apenas 53 mil profissionais, segundo a Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação).

Portanto, se de um lado o mercado aponta para uma necessidade crescente de agilizar o desenvolvimento e a entrega de aplicações, do outro ele também mostra uma carência do ponto de vista da mão de obra operacional.

E é daí que surge low-code como um habilitador da transformação digital, não só para a aceleração do tempo de resposta para os negócios, como também para redução da dependência de conhecimentos profissionais muito técnicos. 

Oferecendo uma série de benefícios aos negócios, o low-code vem se apresentando como mudança de paradigma, que empodera o trabalho dos desenvolvedores ao envolvê-los na estratégia organizacional, incentiva a mescla de profissionais tecnológicos e de gestão e oferece um custo/benefício satisfatório às empresas.

Segundo dados empíricos da Softtek, multinacional mexicana líder no setor de TI na América Latina, se somado a uma boa governança e uma boa estrutura, o custo de desenvolvimento por meio do low-code pode ser até quatro vezes menor na comparação com o full stack, assim como os ganhos em escalabilidade.

Isso por já embarcar uma estrutura de DevOps de fácil expansão tanto em termos de scale-up (aumento do tamanho de uma instância) quanto de scale-out (possibilidade de ter mais de uma instância fornecendo o mesmo serviço).

Além disso, a manutenção do low-code é bem mais simples tecnicamente falando, por ter menos intervenção de código.

Em meio a tantos benefícios, não por acaso as previsões de crescimento do low-code seguem otimistas.

De acordo com projeções do Gartner, o segmento mundial de tecnologias de desenvolvimento por low-code deve crescer 19,6% em 2023 na comparação com 2022, movimentando um mercado de US$ 26,9 bilhões.

Lembrando apenas que, apesar das boas-novas, antes de adotar de vez o low-code é preciso avaliá-lo dentro de um portfólio mais amplo de projetos, e não apenas para o desenvolvimento de uma única aplicação que não seja de alta relevância ou impacto.

Assim, as empresas do futuro poderão fazer o uso das novas tecnologias de forma responsável e assertiva, com soluções que entreguem mais do que agilidade e inovação, valor aos negócios.

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