Quem precisa ter certificado digital?
Essa asssinatura eletrônica,que confirma a autenticidade de documentos e declarações,é exigida para empresas que emitem nota fiscal eletrônica (NF-e).
O número de empresas que vão precisar de um certificado digital crescerá exponencialmente este ano.
Até o ano passado,apenas 54 segmentos da indústria e do atacado eram obrigados a trabalhar com NF-e.
Por enquanto,apenas 15% das empresas inscritas no lucro presumido e 25% daquelas obrigadas a emitir NF-e tiraram o certificado,calcula Rocha. “Essa baixa procura inicial é cultural. Os empresários ainda não reconhecem as vantagens”,diz José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sindicato das Empresas d
Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento (Sescon).
Os benefícios esperados a longo prazo,segundo ele,são:mais segurança,eliminação de obrigações redundantes e agilidade no pagamento dos tributos.Pequenas Empresas & Grandes Negócios elaborou um guia para responder às principais dúvidas dos empreendedores em relação à nova exigência da Receita Federal.
Quais os tipos de certificação existentes?
Para emitir nota fiscal eletrônica,transmissão mensal do Sped fiscal e obrigações acessórias é preciso ter o E-CNPJ. Para a declaração anual Sped contábil é preciso o E-CPF. “O E-CNPJ é da empresa. Qualquer problema com a declaração é de responsabilidade da pessoa jurídica. Enquanto o E-CPF é do empresário ou do contador,que podem ser responsabilizados por qualquer informação errada passada à Receita. Podem até ser presos”,explica Welinton Mota,consultor tributário da Confirp.
>>>O que acontece se minha empresa for obrigada e não comprar uma certificação digital?
A empresa fica impossibilitada de entregar as declarações das obrigações acessórias — e assim não consegue pagar os tributos devidos. “A multa é de 20% do tributo não declarado,com valor mínimo de R$ 500”,diz Mota,da Confirp. Para as que precisam emitir nota fiscal eletrônica,o maior problema está em concluir um negócio — a multa é aplicada ao comprador da negociação.
Quais são os modelos e custos de certificação disponíveis?
A empresa pode escolher entre a certificação válida por um ano,conhecida como A1,e a de três anos,a A3. Ambos os modelos podem ter formatos variados,como pen drive,token (dispositivo eletrônico que gera uma senha sem conexão com o computador),cartão ou a instalação no próprio computador. Os certificados mais simples,armazenados nos computadores e com duração de um ano,custam cerca de R$ 100. Os mais sofisticados,com tolken e validade de três anos,variam de R$ 300 a R$ 500.
Onde é possível comprar uma certificação?
Existem nove autoridades certificadoras habilitadas pela Receita Federal:o Serviço de Processamento de Dados (Serpro) em parceria com os Correios,em São Paulo, Brasília,Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro;a Certisign; a Serasa; a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo;a Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge);a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento,Perícias,Informações e Pesquisas (Acfenacon);o Sindicato dos Corretores de Seguros,Empresas Corretoras de Seguros,de Saúde,de Vida,de Capitalização e Previdência Privada no Estado de São Paulo (Sincor);a Notarial;e a Autoridade Certificadora Brasileira de Registros.
Minha empresa pode usar a certificação do contabilista?
Só para entrega de obrigações acessórias,que exigem o E-CNPJ. As empresas que não são obrigadas a emitir nota fiscal eletrônica,por exemplo,podem se dirigir à Receita Federal e fazer uma procuração eletrônica autorizando um contabilista que tenha o E-CNPJ a entregar as declarações de tributos certificadas. “Isso é totalmente viável e legal”,diz Mota.
Até quando eu preciso fazer meu certificado digital?
As empresas inscritas no regime de lucro presumido são obrigadas a declarar suas obrigações acessórias com certificação eletrônica desde 1º de abril. A primeira obrigação a vencer após esse período,a DCTF,pode ser entregue até junho. A relação de empresas que terão que emitir NF-e ganha novos segmentos em julho e outubro.
Fonte: NF-e BR / Pequenas Empresas &Grandes Negócio