Biometria e identidade auto-soberana podem resolver muitos desafios de autenticação

O CEO e cofundador da YooniK, Pedro Torres, vê um lugar importante para a biometria na identidade auto-soberana, apesar de as duas tecnologias terem se desenvolvido em linhas distintas e, às vezes, serem consideradas em desacordo.

Ele apresentou ‘Anything with a Look: a Self-Sovereign Decentralized Vision of Authentication‘ como o mais recente Lunch Talk da European Association for Biometrics – EAB.

Torres começou contando uma experiência pessoal em um aeroporto que demonstrou as avarias comumente experimentadas com credenciais de identidade física. As experiências de identidade digital centralizada, diz ele, também são quebradas, em parte porque são estritamente dependentes das organizações pelas quais as identidades são mantidas centralmente.

As experiências de identidade digital federada adicionam pontos fracos associados à correlação dos dados dos indivíduos, mas sem devolver a propriedade da identidade e dos dados pessoais ao indivíduo.

Torres sugere livrar-se de contas, com credenciais e identificadores trocados por indivíduos e seus pares, com referência a um livro-razão distribuído para comprovação criptográfica da veracidade do que o indivíduo está alegando. Ele revisou o progresso na especificação do identificador descentralizado e a infraestrutura e os padrões SSI – Self-Sovereign Identity – Identidade auto-soberana – relacionados.

Quando perguntado sobre como a Apple Wallet se alinha com uma abordagem descentralizada de identidade, Torres diz que o ID centralizado ainda faz parte da abordagem da Apple, embora “está um pouco disfarçado”, por meio do ID Apple que a carteira exige e é controlado pela empresa.

A apresentação passou a considerar como a transformação digital introduz experiências de usuário que são consideradas essenciais, como acompanhar os entes queridos por meio de telefones celulares ou chamar um táxi com um aplicativo, em vez de acenar com os braços na calçada.

Carteiras móveis usadas para compartilhar credenciais em cenários de conhecimento zero e suportar interações de confiança zero podem fornecer o mesmo nível de experiência do usuário, afirma Torres. 

A autenticação biométrica de rosto pode apoiar trocas de credenciais instantâneas e seguras, o que traz a conversa de volta ao seu título.

Uma selfie pode ser o primeiro passo em uma jornada privada e sem toque do usuário por meio de uma ampla gama de interações.

O que SSI significa para a biometria

Self-Sovereign Identity – A identidade auto-soberana é uma abordagem à identidade digital que dá aos indivíduos controle sobre as informações que usam para provar quem são para sites, serviços e aplicativos na web.

A terceira parte da palestra de Torres explorou o lugar da biometria em sistemas de identidade descentralizados controlados pelo usuário.

É possível, afirma ele, utilizar a vinculação de identidade e a experiência conveniente do usuário da biometria sem centralizar ou compartilhar dados biométricos.

O livro-razão público distribuído cria a infraestrutura de chave pública descentralizada, mas os dados pessoais, incluindo biometria, devem ser armazenados em um pod de dados pessoais. Essa é uma maneira de reduzir a dependência de um telefone celular e manter a persistência do ID quando o usuário troca seu telefone antigo por um novo.

O próximo passo para aproximar a biometria com o SSI pode ser a criação de padrões para sua interação, pois os padrões separados aplicáveis ​​a cada conceito deixam uma lacuna onde está sua combinação, segundo Torres.

O próximo EAB Lunch Talk se concentrará em inovações para proteger modelos biométricos.

Fonte: biometricupdate

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