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Assegurar dados pessoais e cadastrais é desafio no campo cibernético, dizem especialistas

Assegurar dados pessoais e cadastrais é desafio no campo cibernético, dizem especialistas

18 de agosto de 2015

Evento reuniu especialistas em discussões sobre temas relacionados à segurança na rede

Em continuidade à programação do primeiro dia do VII Congresso Fecomercio de Crimes Eletrônicos, as questões relacionadas à segurança de dados pessoais e cadastrais, bem como de informações sigilosas das corporações, foram amplamente discutidas nos cinco painéis realizados durante o período da tarde.

Primeiro painel do período gerou um debate sobre as questões sociais que são abrangidas pelos avanços da telecomunicação, a realidade brasileira e as questões mercadológicas e de direito para a neutralidade da rede. “Precisamos lembrar que o acesso à internet no Brasil não tem meta de universalização. É um serviço privado, não um direito de acesso universal”, mencionou a Consultora de Políticas Públicas da Cisco e Líder do Grupo Temátikco do Marco Civil da Brasscom, Ana Paula Bialer.

A segurança no acesso a redes gratuitas de wi-fi gerou um longo debate na segunda mesa. O country manager para o Brail AirTight Networks, Fernando Neves, comentou que em um trabalho de varreduras em aeroportos da cidade, quando pessoas utilizavam o wi-fi livre, foram notificadas inúmeros casos de pessoas sendo hackeadas.

Leandro fecomércio

Leandro Bennaton

O global security manager do Terra e chief security ambassador na Eleven Paths, Leandro Bennaton, argumentou que é preciso considerar que não só o usuário da rede pode estar vulnerável, mas também o fornecedor da rede. “O usuário pode fazer uso criminoso e aí a vítima é o fornecedor da rede”, alertou.

A discussão sobre a segurança de dados seguiu na terceira palestra, que abordou a importância do acesso a dados do consumidor ao comércio eletrônico. “Mas, há dados sensíveis que podem, eventualmente, levar a uma discriminação. Transparência e consentimento são duas condutas necessárias”, frisou o professor de Direito Digital e Internacional da Faculdade de Direito da universidade presbiteriana Mackenzie.

Ainda no que diz respeito no âmbito da segurança, o penúltimo painel do dia abriu o debate sobre informações em Big Data. A analista de segurança no CERT.br/NIC.br, Lucimara Desiderá, destacou o vazamento de informações bancárias de milhares de pessoas pela internet.

“É responsabilidade das empresas que atuam com Big Data pensar em segurança antes dos processos, não quando um problema de segurança aparece para ser resolvido. Estamos falando de controle de dados, princípios básicos como segregação de funções”, argumentou Lucimara, que citou a criptografia, o monitoramento de logins e o desenvolvimento seguro dos processos.

Via skype, o chief Operating Offcer of the center of responsible enterprise and trade (Create.org), Craig Moss, incrementou o debate dando ênfase ao aumento das ameaças em função da globalização.

“Diante das ameaças, as pessoas e os processos são as maiores vulnerabilidades. A tecnologia é só um dos pilares. O que precisamos é de um comportamento apropriado, do desenvolvimento de sistemas de gestão e intensos treinamentos e capacitações”, ressaltou.

O VII Congresso Fecomercio de Crimes Eletrônicos terá nesta quarta-feira, dia 19, debates sobre ética, segurança da informação e a lei anticorrupção; informação ou desinformação e o direito ao esquecimento; fraudes nos meios de pagamentos, entre outros.

Acompanhe ao vivo a transmissão do congresso no site do evento e pelas redes sociais, no Twitter @Fecomercio e no www.facebook.com/fecomercio.

Participe enviando sua pergunta com a #crimeseletrônicos.

http://www.crimeseletronicos.fecomercio.com.br/

Fonte: FecomercioSP